@article{99632, keywords = {General Energy, Plantas Medicinais, Fitoterapia, Doenças Negligenciadas, Desenvolvimento de Medicamentos}, author = {Dutra ASDS and Dutra RFF and Cruz BILD and Oliveira KD and Souza LAD and Marques FDM and Parente EP and Morais DFD and Figueiredo CMD and Rodrigues PD and Rampazzo JA and Calixto TBM}, title = {Desafios e inovações na terapêutica de doenças negligenciadas: o papel dos fitoterápicos na busca por soluções eficientes}, abstract = {

Introdução: As Doenças Negligenciadas (DN) são enfermidades endêmicas, causadas por agentes infecto-parasitários, que afetam física, cognitiva e socioeconomicamente, especialmente em comunidades de baixa renda em países em desenvolvimento. No Brasil, o Ministério da Saúde prioriza doenças negligenciadas como Dengue, doença de Chagas e Tuberculose, exigindo uma abordagem que considere fatores sociais, econômicos e culturais. A OMS estima que mais de um bilhão de pessoas no mundo são afetadas, mas a falta de interesse econômico dificulta o desenvolvimento de tratamentos, impactando o financiamento para pesquisas e afetando o crescimento infantil e a produtividade. O combate a essas doenças requer inovação, pesquisa e desenvolvimento, sendo destacada a importância de produtos derivados da biodiversidade. A prática ancestral de utilizar plantas medicinais no Brasil destaca-se, mas há uma lacuna em pesquisas sobre sua eficácia e segurança.

Metodologia: A pesquisa revisou literatura sobre "Desafios e Inovações na Terapêutica de Doenças Negligenciadas: O Papel dos Fitoterápicos na Busca por Soluções Eficientes", abrangendo artigos de 2019 a 2023 em bancos de dados como BVS Brasil, Scielo, Pubmed e LILACS. Critérios de inclusão consideraram artigos originais em inglês, espanhol ou português, de acesso aberto, relacionados à fitoterapia no tratamento de doenças negligenciadas e publicados nos últimos 5 anos.

Resultados: Os estudos revelam que agentes naturais de diversas plantas têm potencial terapêutico contra doenças parasitárias negligenciadas, como Doença de Chagas, Leishmaniose, Esquistossomose, Dengue, Tuberculose, Malária, Criptococose, Paracoccidioidomicose e Tricomoníase. Destaques incluem o potencial antiparasitário do extrato de Plinia cauliflora na Doença de Chagas e a eficácia do óleo essencial de Mentha hirsuta contra a Esquistossomose. Além disso, extratos de Norantea brasiliensis mostraram efeitos antivirais na Dengue. Esses resultados indicam o amplo potencial terapêutico de agentes naturais para o tratamento de diversas doenças parasitárias.

Conclusão: Nas últimas duas décadas, o conhecimento sobre derivados de plantas medicinais para doenças negligenciadas cresceu, com contribuições significativas brasileiras. Apesar do aumento na produção científica, persiste a lacuna entre a carga global dessas doenças e novos medicamentos. Estratégias cruciais incluem políticas de acesso aberto, financiamento global para P&D e parcerias. No Brasil, é urgente reverter o declínio nos investimentos e criar ambiente favorável à P&D de derivados da biodiversidade para impulsionar avanços terapêuticos.

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